Artistas

Castagneto

1851 – 1900

Giovanni Batista Felice Castagneto, pintor.

Conhecido como pintor do mar, paisagem que esteve sempre presente na arte e na vida de Castagneto. Passou a infância e adolescência à beira do cais do Porto de Gênova, veio para o Brasil em 1874.

Admitido na Academia Imperial de Belas Artes, aluno de desenho figurado, desenho geométrico, matemáticas aplicadas e desenho figurado, paisagem e desenho elementar.

Suas obras, contendo diversos recursos técnicos, apresentavam uma perspectiva completamente diferente de encarar o paisagismo.

Explorou o monocromatismo e o uso reduzido de cores; técnicas de empastamento, textura, respiração do suporte; e a aplicação do cabo do próprio pincel para elaborar elementos do desenho, constituindo uma maneira revolucionária em termos de arte brasileira, e que mais tarde, tornariam sua produção inimitável.

Percorrendo a costa de Guanabara, o artista estabeleceu seu atelier em um barco, ficando assim diretamente ligado à paisagem que tanto o encantou.

Professor de desenho no Liceu de Artes e Ofícios, além de participar de diversas exposições individuais nacionais e internacionais.

Após diversas exposições de sucesso, regressou ao Rio de Janeiro, já se encontrava doente. Entre 1896 e 1898, expôs duas vezes na Papelaria Gomes, mas não despertou o interesse do público ou da imprensa. Produziu grande quantidade de trabalhos em suas idas frequentes à Ilha de Paquetá e passou a morar na residência de seu amigo Bento Leite, como um agregado à família.

Extremamente abatido e doente, sem mais se preocupar o que fazia e estimulado pela bebida, Castagneto passou dois últimos anos de sua vida executando desenhos rápidos e displicentes que lhe asseguravam a precária sobrevivência. Em 1900, seu estado de saúde se agravou e os amigos não mais podiam distinguir se sua prostração se devia à moléstia ou simplesmente aos efeitos do álcool.

Em 29 de dezembro faleceu pobre e sem que quase ninguém tivesse acompanhado seus últimos momentos. Suas obras participaram de várias exposições póstumas, e através delas, seu trabalho e seu nome tornaram-se amplamente reconhecidos, projetando-se no cenário, artístico brasileiro.

Fonte

Lousada, Júlio, 1940 – Artes Plásticas: seu mercado: seus leilões/ Júlio Louzada; (prefácios Mino Carta, Pietro Maria Bardi). –São Paulo: J. Louzada, 1984.

Obras do artista

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