1864 – 1942
Pedro Alexandrino Borges, pintor e professor.
Inicia-se em São Paulo, como ajudante de pintores que se dedicavam à decoração de interiores.
A partir de 1880 recebe lições regulares de desenho do pintor João Boaventura Cruz e, logo em seguida, começa a trabalhar por conta própria em decoração, restaurações, painéis e outros serviços de pintura.
Em 1887 transfere-se para o Rio de Janeiro, e, beneficiado por uma bolsa de estudos concedida pelo governo paulista, ingressa na Academia Imperial de Belas Artes. Voltou para São Paulo dois anos depois e ligou-se ao mestre Almeida Júnior, com quem trabalhou e estudou durante oito anos.
Em 1897 o governo paulista lhe concede nova bolsa de estudos, agora para estudar na Europa. Juntamente com Almeida Júnior viaja a Paris, permanece durante nove anos, estudando e trabalhando nos ateliers de Fernand Cormon, René Chrétien e Antoine Vallon.
Já decidido pelo gênero Natureza Morta, seu preferido e aconselhado a ser seguido por seu mestre Almeida Júnior, desenvolveu grande atividade, produzindo muito e participando de coletivas importantes, não só em Paris mas também Baden-Baden, Monte Carlo, Veneza, Versalhes e Mônaco, sendo premiado nas duas últimas.
De volta ao Brasil em 1906, trouxe 110 telas, sendo que 84 eram naturezas-mortas, realizando exposição individual em São Paulo. Depois de seu regresso ao Brasil continuou suas obras na Europa recebendo muitas premiações.
Vivendo em São Paulo, dedicou-se ao ensino particular de pintura e foram muitos os discípulos que sofreram a influencia, tanto na técnica como no gosto pelo gênero natureza-morta.
Pedro Alexandrino participou ativamente da vida artística de São Paulo, participando, a partir de 1912, das coletivas realizadas pelo Liceu de Artes e Ofícios.
Prêmios
- Gênova (Oficier de L’Academie)
- Gênova (Acadêmico de Mérito)
- 1894 Salão Nacional de Belas Artes (Medalha de Ouro de Terceira Classe)
- 1922 Exposição Comemorativa de Centenário da Independência, RJ (Medalha de Ouro)
- 1934 I Salão Paulista de Belas Artes (Prêmio de Honra)
- 1936 Governo Italiano (Ordem da Coroa da Itália)
- 1939 Salão Nacional de Belas Artes (Medalha de Honra)
Fonte
Lousada, Júlio, 1940 – Artes Plásticas: seu mercado: seus leilões/ Júlio Louzada; (prefácios Mino Carta, Pietro Maria Bardi). –São Paulo: J. Louzada, 1984.