1910 – 1996
Pintora e desenhista.
“Renée Lefévre gosta de pintar e desenhar paisagens, pequenas cidades do interior, praças, ruas, igrejas e casarões. As vezes é seduzida pelas cenas regionais com figuras humanas. Rararmente pinta naturezas mortas. Conscientemente evita composições panorâmicas. Em geral, está empenhada em simples transposições pictóricas de fragmentos da realidade brasileira, que hoje é histórica. Sem dúvida, esses vistas do Brasil antigo são submetidas a um processo de afeto pessoal, a uma validade de poetização lírica, onde a artista revela as ocultas seduções de formas ressucitadas da arquitetura barroca, formas tão brasileiras, tão graciosas, tão cativantes, já tão esquecidas, ainda que presentes e viva”
“Será dificil classificar seus quadros pintados em gama de cores luminosas, apagadas, esses desenhos sutis, sensibilizados, de caligrafia arejada, dentro das correntes conhecidas da pintura atual. Parecem surgidos de outra época, aliás como são também essas parcelas de Brasil colonial fontes de sua inspiração”
Geraldo Ferraz, critico paulista.
Paulista de nascimento, foi inicialmente aluna do grande pintor Pedro Alexandrino, com quem estudou desenho. Completou sua formação artística em Paris nas Academias Julian e La Grande Chaumiére.
Além da sua longa e bem sucedida carreira de artista plástica, Renée Lefévre participou da edição de vários livros sobre a arquitetura colonial brasileira.
Prêmios
- 1936 Salão Paulista de Belas Artes (Animação)
- 1937 Salão Paulista de Belas Artes (Menção Honrosa)
- 1938 Salão Paulista de Belas Artes (Medalha de Bronze)
- 1939 Salão Paulista de Belas Artes (Medalha de Prata)
- 1940 Salão de Arte Moderna do Rio (Menção Honrosa)
- 1944 Salão Nacional de Arte Moderna. RJ (Medalha de Bronze)
- 1969 Bienal de São Paulo (Melhor Livro de Arte)
- 1977 Bienal de São Paulo (Prêmio Jabuti)
Fonte
Lousada, Júlio, 1940 – Artes Plásticas: seu mercado: seus leilões/ Júlio Louzada; (prefácios Mino Carta, Pietro Maria Bardi). –São Paulo: J. Louzada, 1984.